RIO DO SUL – Uma das sessões de julgamento mais aguardadas deste ano, onde figuram como réus os irmãos Isonir Venturi e Isael Venturi, que segundo o Ministério Público tem envolvimento no desaparecimento, morte e ocultação do cadáver de Vanisse Helena Vieira Venturi, desparecida há mais de dois anos e quatro meses foi adiada nesta quinta-feira (17) na Comarca de Rio do Sul.
Hoje, amigos , familiares , testemunhas , representantes do MP que atua na acusação, réus e demais pessoas estavam no Tribunal do Júri na Comarca de Rio do Sul, porém nenhum dos três Defensores constituídos para defender os réus compareceu e a sessão foi redesignada pelo juiz Claudio Marcio Areco Junior, titular da Vara Criminal da Comarca de Rio do Sul para 16 de março de 2023 às 8h, informou ao site Vale do Itajaí a assessoria de comunicação do TJSC.
Irmãos são réus no processo
Isonir Venturi responde por homicídio qualificado, por motivo torpe e feminicídio; ocultação de cadáver constante nos artigos 121, §2º, incisos I e VI c/c o seu §2º-A, inciso I do Código Penal e na forma da Lei n. 11.340/06 e artigo 211 c/c o artigo 61, inciso II, alíneas a, b, e e f , ambos Código Penal.
Já Isael Venturi é incluso no crime de ocultação de cadáver de acordo com o artigo 211 c/c o artigo 61, inciso II, alíneas a, b, e e f , ambos Código Penal.
Com base nas evidências reunidas no inquérito policial e nas análises técnicas dos policiais da força-tarefa, a investigação fechou o cerco para identificar o verdadeiro responsável pelo desaparecimento de Vanisse ou o suspeito pelo provável homicídio e ocultação do cadáver, o Ministério Público não tem duvidas que o marido matou a esposa porque não queria dividir os bens durante o divórcio.
A investigação aponta que Vanisse foi morta depois das 18h de 22 de julho de 2020 no galpão da família, ao lado da casa onde o casal vivia com os dois filhos. O corpo teria sido ocultado pelo irmão do autor e cunhado da vítima em Agronômica.
A defesa do empresário Isael nega qualquer envolvimento dele na ação, na época da prisão do empresário, que posteriormente foi solto, a Defesa afirmou que ele sempre esteve a disposição dos responsáveis pela investigação. Durante o período da continuidade do processo, ocorreu a mudança dos advogados da defesa.
O processo tramita sob sigilo, informou a assessoria do Tribunal de Justiça de Santa Catarina.