POLÍTICA – Hoje tem mais capítulo do julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro no Supremo Tribunal Federal (STF). A partir das 9h da manhã, os advogados de defesa vão entrar em cena para tentar derrubar as acusações da supsota tentativa de golpe de Estado apresentada pelo procurador-geral da República, Paulo Gonet.
A defesa vai começar pelo general Augusto Heleno, mas também terá que defender o ex-ministro da Defesa Paulo Sérgio Nogueira e o ex-ministro da Casa Civil Walter Braga Netto. Cada um terá direito a 1 hora de argumentação, e a sessão pode ir até mais tarde do que o previsto.
Os advogados de Bolsonaro, advogados Celso Vilardi e Paulo Cunha Bueno, vão argumentar que a delação do ex-ajudante de ordens Mauro Cid, foi feita com prazos apertados e vícios processuais. Querem anular toda a corrente de provas que veio depois disso.
A estratégia é mostrar que o ex-presidente não teve nada a ver com a invasão dos prédios públicos em Brasília. A acusação usa esses fatos para sustentar a tese do golpe.
A defesa vai insistir que, mesmo que existissem conversas, isso seria apenas “preparação” e não crime consumado.
Enquanto isso, no Senado…
Bomba: um ex-assessor do ministro Alexandre de Moraes, Eduardo Tagliaferro, depôs na Comissão de Segurança Pública e soltou o verbo. Ele afirmou que o gabinete de Moraes no TSE usava informações do tribunal para alimentar inquéritos no STF – o que seria irregular. Mais lenha na fogueira da briga entre os Poderes.
O julgamento no STF promete esquentar ainda mais o clima político em Brasília, ainda mais agora que União Brasil e PP deixaram a base de sustentação do governo Lula . Fique de olho!
Texto: jornalista Judson Lima