Polícia Civil desarticula rede que falsificava medicamentos e anabolizantes em SC e GO

O grupo criminoso atuava adquirindo medicamentos com prazo de validade vencido, removendo as datas originais e substituindo-as por novas datas válidas.

Foto: PC
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SANTA CATARINA – Uma organização criminosa especializada na falsificação e comércio ilegal de medicamentos e anabolizantes foi desarticulada na segunda-feira (26/05) em operação conjunta das polícias civis de Santa Catarina e Goiás. A operação “Reação Adversa” cumpriu mandados em quatro simultaneamente em três cidades catarinenses – Jaraguá do Sul, Barra Velha e Canoinhas – e em Catalão, Goiás.

Durante a operação, dois elementos foram presos – uma por cumprimento de mandado judicial e outra em flagrante delito. A investigação teve início após a denúncia de uma vítima que sofreu sérias complicações de saúde após utilizar um medicamento para emagrecer falsificado, identificado como Ozempic.

De acordo com as investigações, o grupo criminoso atuava adquirindo medicamentos com prazo de validade vencido, removendo as datas originais e substituindo-as por novas datas válidas. Para dar aparência de autenticidade aos produtos, os criminosos contavam com uma gráfica que produzia embalagens idênticas às das farmacêuticas originais.

medicamentos e anabolizantes
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A comercialização dos produtos falsificados ocorria principalmente através de redes sociais, com preços significativamente mais baixos que os praticados no mercado legal. Além do Ozempic, a organização distribuía anabolizantes, medicamentos abortivos e outros produtos não autorizados pela legislação brasileira.

Como resultado da operação, a polícia apreendeu veículos de luxo e imóveis adquiridos com os recursos obtidos ilegalmente. Esses bens foram indisponibilizados e poderão ser usados para reparação dos danos causados às vítimas.

A Polícia Civil alerta a população sobre os riscos à saúde causados pelo consumo desses produtos falsificados e orienta que quem adquiriu esses medicamentos não os utilize. As autoridades também recomendam que pessoas que sofreram qualquer tipo de reação adversa procurem uma delegacia para registrar ocorrência, mesmo que se sintam constrangidas.

Os investigados responderão por diversos crimes, incluindo falsificação de medicamentos (considerado crime hediondo com pena de 10 a 15 anos de reclusão), lavagem de dinheiro e possível tentativa de homicídio com dolo eventual.

A operação contou com a colaboração da Polícia Civil de Goiás, do Laboratório de Tecnologia em Lavagem de Dinheiro da DEIC e das Delegacias de Investigações Criminais de Canoinhas e Campos Novos. As investigações continuam para identificar outros possíveis envolvidos na rede criminosa.

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