TIMBÓ – A Polícia Civil deflagrou em residências de investigados na manhã desta quinta-feira (4) a Operação Credenciamento, que investiga crimes contra as licitações e a administração pública supostamente praticados por grupo familiar contra a Prefeitura de Timbó em contratações feitas entre 2022 e 2024. A ação é coordenada pela 4ª Delegacia de Corrupção e Crimes contra a Administração Pública (4DECOR).
As investigações apontam para a criação de diversas empresas dentro de um mesmo grupo familiar, com o objetivo de viabilizar múltiplas contratações diretas do mesmo grupo econômico sem licitação. O esquema utilizava o procedimento de credenciamento, que permite contratação direta por inexigibilidade de licitação.
De acordo com as apurações, ex-servidores públicos das Secretarias Municipais de Obras e Saúde teriam direcionado contratos para as empresas investigadas. Há indícios de que esses servidores receberam vantagens ilícitas, como dinheiro em espécie em troca do favorecimento nas contratações.

A operação cumpriu seis mandados de busca e apreensão em endereços ligados aos investigados. O Poder Judiciário também determinou, de forma cautelar, a proibição de os suspeitos contratarem com o poder público durante as investigações.
O prefeito Flávio Buzzi manifestou total apoio às investigações: “A administração municipal vai colaborar integralmente com a Polícia Civil e Ministério Público para apurar todos os fatos. Queremos que eventuais responsáveis sejam identificados e punidos com todo o rigor da lei. Não toleramos qualquer desvio de conduta no serviço público”.
Participaram da ação as seguintes unidades policiais: CECOR, DECOR/DEIC, 1DECOR, 2DECOR, 3DECOR, LAB/DEIC e DRRDI/DEIC, todas coordenadas pela 4DECOR. As investigações continuam em andamento e novos desdobramentos podem ocorrer nos próximos dias.
Texto: jornalista Judson Lima
Nota Oficial
Com relação à operação da Polícia Civil, a Prefeitura de Timbó aguarda ser notificada oficialmente. Mas, diante dos fatos apurados, reforça que as contratações foram realizadas em anos anteriores, de 2022 a 2024, e não possuem relação com a gestão atual.
Os servidores alvos da operação também não fazem mais parte do quadro de funcionários públicos.
A Prefeitura se compromete a auxiliar a Polícia Civil e o judiciário em qualquer investigação, reforçando o compromisso com a verdade e a transparência.