GERAL – Nesta sexta-feira (1º) é Dia Mundial de Luta Contra a Aids (Síndrome da Imunodeficiência Adquirida). Para marcar a data, Florianópolis foi uma das 12 cidades escolhidas pelo Ministério da Saúde para receber a partir de dezembro um novo método de prevenção contra o HIV, o vírus da Aids. Santa Catarina tem a segunda maior taxa de detecção de Aids do país.
A ação faz parte de um projeto piloto para disponibilizar frascos da Profilaxia Pré-Exposição (PrEP). Atualmente é oferecido pelo Sistema Único de Saúde (SUS) a Profilaxia Pós-exposição (PEP), disponível para quem já possa ter sido exposto ao HIV.
Além de Santa Catarina, outros dez estados vão receber juntos um total de 3 mil frascos de PrEP para uma experiência de cinco meses para implementar o novo método.
Por enquanto, a PreP estará disponível na Policlínica Municipal Centro, localizada na Avenida Rio Branco, em Florianópolis.
PrEP
Segundo a Diretoria de Vigilância Epidemiológica (DIVE), o objetivo é que a PrEP funcione como uma barreira para o HIV antes de a pessoa ter contato com o vírus. É um comprimido tomado regularmente que une dois medicamentos.
O método faz parte de uma ‘prevenção combinada’, “na qual a pessoa tem a opção de usar um método de prevenção ou combinar vários que se ajustem às suas necessidades”.
“A implementação da PrEP ocorrerá de forma gradual, priorizando as populações com maior risco à infecção pelo HIV: gays e outros homens que fazem sexo com homens (HSH), pessoas trans e profissionais do sexo, conforme definição do Ministério da Saúde”, afirma Dulce Quevedo, gerente de vigilância das ISTs/Aids e Hepatites Virais da Dive.
Já o Profilaxia Pós-exposição (PEP) é um tratamento de 28 dias iniciado “até 72 horas após a relação sexual sem camisinha ou acidente com algum objeto perfuro-cortante em que possa ter havido contato com o vírus”. São três medicamentos.
Confira neste link os locais que oferecem a PEP em Santa Catarina.
Campanha ‘Pare o HIV Floripa 2020’
Na sexta, vai ser lançada a campanha “Pare o HIV Floripa 2020”, que tem objetivo de atender à meta “90-90-90”, estabelecida pela Unaids, para 2020.
Conforme a prefeitura, a intenção é que, até lá, “90% das pessoas vivendo com HIV sejam diagnosticadas, que 90% das pessoas diagnosticadas estejam em tratamento antirretroviral, e que 90% das pessoas em tratamento que apresentam supressão viral”.
A cidade é a segunda capital brasileira com maior número de casos de HIV e a terceira capital com a maior taxa mortalidade (12,6 a cada 100.000 hab), mais que o dobro da taxa nacional (6,0).