Dengue atinge números recordes em SC com 98 mortes e 119.429 mil casos em 2023

Foto: Prefeitura de Indaial
Foto: Prefeitura de Indaial

SANTA CATARINA – No estado de Santa Catarina, a preocupação da vez recai sobre a propagação avassaladora do vírus da dengue, que atingiu picos alarmantes no ano de 2023. Com um total de 119.429 casos confirmados e 98 óbitos registrados até o dia 20 de dezembro, a situação demanda atenção e ação imediata.

O mosquito Aedes aegypti, conhecido transmissor não apenas da dengue, mas também de outras doenças como Zika e chikungunya, tem encontrado terreno propício para sua proliferação. Com o início do verão 22 de dezembro, marcou também o período de maior transmissão das arboviroses. As condições ideais, compostas pela conjunção de calor e chuvas características dessa estação, têm proporcionado um ambiente propício para a reprodução do mosquito.

A Diretoria de Vigilância Epidemiológica de Santa Catarina (DIVE/SC) lança um alerta à população, ressaltando a importância da verificação constante de locais suscetíveis ao acúmulo de água. O ciclo de desenvolvimento do mosquito, do ovo à fase adulta, é completado em cerca de uma semana. Dessa forma, a intervenção periódica nesses locais pode interromper significativamente esse processo e reduzir a propagação das doenças.

Ivânia Folster, gerente de zoonoses da DIVE/SC, destaca: “Qualquer recipiente capaz de reter água parada representa um potencial foco para a reprodução do Aedes aegypti. Pneus, vasos de planta, caixas d’água, bandejas, calhas, garrafas e entulhos estão entre os principais criadouros do mosquito.”

Surpreendentemente, os ovos do Aedes aegypti conseguem sobreviver em ambientes secos por mais de um ano. Quando em contato com a água, reiniciam o ciclo de vida do mosquito, que abrange as fases de larva, pupa e adulto, momento em que se tornam aptos a voar e transmitir os vírus.

A reprodução incessante é um ponto de alerta, já que cada fêmea pode depositar até 1.500 ovos. A atenção minuciosa em casa, verificando todos os possíveis locais de acúmulo de água, torna-se crucial. “Quanto maior o número de mosquitos, maiores são os riscos de transmissão das doenças”, ressalta a gerente.

Os sintomas iniciais da dengue geralmente incluem febre alta, dores de cabeça, no corpo e articulações, fraqueza, prostração, dores atrás dos olhos e manchas vermelhas na pele. Caso haja intensificação com dor abdominal e vômitos persistentes, isso pode indicar um agravamento da doença.

“Hidratação é fundamental no tratamento da dengue. Ao manifestar sintomas, é crucial ingerir líquidos em abundância e buscar assistência médica para orientações adequadas”, enfatiza Ivânia Folster. O informe epidemiológico completo está disponível [aqui](link para o informe epidemiológico completo).

A conscientização e ação preventiva tornam-se elementos-chave nessa batalha contra a propagação dessas doenças. É fundamental o engajamento de toda a comunidade para interromper a disseminação do Aedes aegypti e proteger a saúde de todos.

Texto: Jornalista Judson Lima 

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