APIÚNA – A secretaria de agricultura e meio ambiente está realizando nas comunidades do interior do município o controle dos borrachudos com a aplicação de um produto chamado BTI, um inseticida biológico que elimina as larvas do borrachudo diretamente no local onde são depositados os ovos.
O produto, que é uma bactéria chamada BTI, foi adquirido em conjunto com a ADR e sua aplicação consiste em diluí-lo em uma proporção correta com água e aplica-lo em pontos estratégicos nos córregos, onde forma uma espuma. O bti se encarrega de fazer o restante e matar a larva do inseto. O inseticida não faz mal à saúde das pessoas, de peixes e de outros animais.
Cada fêmea pode colocar até 2.500 ovos no seu ciclo de vida, que dura em torno de 30 dias. A fêmea adulta deposita os ovos em folhas, galhos, pedras e lixo submersos em água corrente dos riachos. Os ovos viram larvas e pupas, e depois de 25 dias o adulto sai de dentro da água.
Para o município de Apiúna, foram adquiridos 100 litros do bti, quantidade suficiente para atender todas as comunidades do interior. “Esta é também uma questão de saúde pública”, ressaltou o secretário de agricultura e meio ambiente Gilmar Formagi.
O acompanhamento nas atividades está sendo realizado através do extensionista da Epagri de Apiúna, Irineu Bernardo Schuelter. “Este trabalho só é possível devido à colaboração da comunidade, que recebe instruções e informações sobre a aplicação correta do produto, que deve ser aplicado periodicamente, de 15 em 15 dias, impossibilitando a fase de procriação do inseto”, disse Irineu.
A aplicação do BTI também não será eficiente caso não haja colaboração por parte das comunidades. Além da aplicação do BTI é preciso que não aconteça o despejo de lixo e fezes humanas nos córregos, algo que infelizmente ainda é comum. Também é preciso realizar uma limpeza do leito dos rios, eliminando materiais como folhas e galhadas e realizando o recolhimento do lixo.
O reflorestamento também é importante, pois quanto mais escuro for o ambiente, haverá menos borrachudos. Repovoar e manter nos rios peixes como cascudos, lambaris e jundiás também é importante, pois são os inimigos naturais que se alimentam das larvas.