Bolsonaro é alvo de operação da PF, ele está proibido de usar redes sociais e terá que usar tornozeleira eletrônica por decisão de Moraes

Ministro Alexandre de Moraes determinou que ex-presidente receba medidas cautelares como proibição de usar redes sociais e contato com investigados e diplomatas

Foto: Instagram Jair Bolsonaro
Foto: Instagram Jair Bolsonaro

BRASIL – Por determinação do Ministro Alexandre de Moras do Supremo Tribunal Federal , a Polícia Federal deflagrou nesta sexta-feira (18) uma operação que inclui buscas na residência do ex-presidente Jair Bolsonaro em Brasília e em endereços ligados ao Partido Liberal (PL), também determinou a proibição do ex-presidente de usar as redes sociais.

Entre as principais determinações do STF está a imposição do uso de tornozeleira eletrônica para monitoramento permanente. Bolsonaro também está proibido de acessar redes sociais, incluindo Facebook, Twitter, Instagram e YouTube. O ex-presidente deverá cumprir toque de recolher, permanecendo em sua residência entre 19h e 7h.

As restrições incluem ainda a proibição de contato com diplomatas estrangeiros, representantes de embaixadas e outros investigados nos processos. Bolsonaro também está impedido de deixar o país sem autorização judicial.

Os mandados estão sendo cumpridos simultaneamente na capital federal e em locais vinculados ao PL, legenda pela qual Bolsonaro foi eleito. A defesa do ex-presidente confirmou a operação e informou que adotará as medidas legais cabíveis para contestar as decisões.

O ex-presidente é alvo de investigações que apuram supostas tentativas de golpe após as eleições de 2022, ataques a instituições democráticas e possível obstrução de investigações. O STF entendeu existir risco de Bolsonaro perturbar a ordem pública ou interferir nas apurações caso mantivesse liberdade irrestrita.

A operação ocorre no contexto de uma série de ações contra aliados do ex-presidente, incluindo militares e políticos investigados por atos antidemocráticos. O PL ainda não se manifestou oficialmente, mas assessores próximos a Bolsonaro classificaram as medidas como perseguição política.

O Ministério Público Federal e a Polícia Federal analisam os documentos apreendidos durante as buscas para determinar os próximos passos da investigação. A expectativa é que a defesa de Bolsonaro se manifeste ainda nesta sexta-feira por meio de seus advogados.

Texto: jornalista Judson Lima

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