MUNDO – O Cardeal Kevin Joseph Farrell, prefeito do Dicastério para os Leigos, a Família e a Vida, anunciou nesta manhã desta segunda-feira, 21 de abril, a morte do Papa Francisco, líder da Igreja Católica. O Pontífice faleceu às 7h35 (horário local), deixando um legado marcado pela simplicidade, diálogo inter-religioso e dedicação aos marginalizados.
Nascido Jorge Mario Bergoglio em 17 de dezembro de 1936, em Buenos Aires, Argentina, Francisco foi o primeiro Papa jesuíta e o primeiro pontífice das Américas. Ordenado sacerdote em 1969, tornou-se arcebispo de Buenos Aires em 1998 e cardeal em 2001, nomeado pelo Papa João Paulo II.
Eleito Papa em 13 de março de 2013, após a renúncia de Bento XVI, Bergoglio adotou o nome Francisco em homenagem a São Francisco de Assis, símbolo da pobreza e da reforma eclesial. Seu pontificado foi marcado por gestos de proximidade com fiéis, críticas ao capitalismo desenfreado e esforços para modernizar a Igreja, ainda que enfrentando resistências internas.
Em comunicado emocionado, o Cardeal Farrell destacou: “Ele nos ensinou a viver os valores do Evangelho com fidelidade, coragem e amor universal, especialmente pelos mais pobres. Encomendamos sua alma ao infinito amor misericordioso de Deus.”
O Vaticano deve divulgar nas próximos horas os detalhes dos ritos fúnebres, que devem atrair milhões de peregrinos a Roma. Francisco será velado na Basílica de São Pedro, antes de ser sepultado nas Grutas Vaticanas, seguindo a tradição.
Legado e controvérsias
Francisco promoveu reformas na Cúria Romana, enfrentou escândalos de abusos na Igreja e defendeu migrantes e o meio ambiente, expresso na encíclica Laudato Si’. Sua morte encerra um dos papados mais influentes da história recente, deixando a Igreja em um momento de transição e reflexão.
Texto: jornalista Judson Lima