Ibama confirma multa de R$ 17 mil contra influenciador por maus-tratos e uso indevido de imagens com animais silvestres

Foto: Redes Sociais
Foto: Redes Sociais

BRASIL – O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) , confirmou neste sábado (22), quatro autuações ao estudante de agronomia e influenciar digital Agenor Tupinambá, somadas às muitas chegam a R$ 17 mil, o jovem de Autazes no interior do Amazonas, vem recebendo apoio e solidariedade nas redes sociais.

Agenor foi autuado pela morte de uma preguiça-real; Prática de maus-tratos contra animal silvestre (preguiça real); Uso de espécimes da fauna silvestre sem a devida permissão de autoridade competente (capivara e papagaio); Exploração da imagem de animal silvestre mantido em situação de abuso (capivara) e irregularmente em cativeiro.

Sobre a capivara Filomena , conhecida Filó, ter sido retirada de Agenor , o Ibama afirma que não retirou até o momento nenhum animal que está em posse de Agenor Tupinambá. O Ibama irá, primeiramente, realizar uma diligência para averiguar o estado de saúde e condições dos animais. A partir de laudos técnicos dos fiscais, o Ibama tomará as medidas legais cabíveis.

Em relação a multa de R$ 17 mil reais , o Ibama diz que é bom esclarecer que o jovem foi multado pela morte da preguiça-real que estava em sua posse, fato vastamente divulgado nas redes sociais. Outra notificação do Ibama ao jovem foi o uso de imagens de animais silvestres com monetização pelas redes.

Agenor já retirou todo o conteúdo com publicações que mostravam ele com animais silvestres, incluindo a capivara Filó.

Em nota o amazonense disse que todos que o conhecem ,  são testemunhas que ele só dedica amor e faz tudo que pode para preservar sua vida.

Eu cresci no meio do mato e lá nasceu a minha paixão pelos animais. Eu só saio de lá para estudar agronomia na capital, curso que escolhi para poder servi-los ainda mais. De todas as surpresas que a fama na internet me trouxe, eu jamais imaginei que seria acusado de abuso, maus tratos e exploração contra animais. Também fui acusado de matar um animal do qual todos são testemunhas que só dediquei amor e fiz tudo que podia para preservar sua vida. No total, as multas somam mais de 17 mil reais, valor que nunca nem vi na minha vida..

Abaixo a Nota do Ibama enviada a imprensa sobre o caso envolvendo o amazonense. 

Nota de esclarecimento sobre influenciador digital do Amazonas

“Brasília (22/04/2023) – Durante operação de combate a irregularidades relacionadas ao uso da fauna silvestre realizada em todo o país, o Ibama identificou perfis em redes sociais nos quais está caracterizada exploração indevida de animais.

Uma delas, feita no dia 18 de abril, ganhou repercussão nacional, – o caso do influenciador digital Agenor Tupinambá.

O jovem estudante de agronomia ficou conhecido por publicar vídeos em que interage com animais silvestres da Amazônia como cobras, capivara, preguiça-real, paca, papagaio, entre outros.

Ao analisar o conteúdo das redes sociais do estudante, agentes ambientais do Ibama constataram que os animais eram retirados da vida livre e exibidos em situações incompatíveis com os hábitos das espécies como por exemplo banho com produtos de higiene humana, uso de roupas e ornamentos.

Devido a essas publicações onde Agenor aparece interagindo com animais silvestres, ele foi autuado por quatro motivos:

1 – Morte de uma preguiça-real, situação confirmada por Agenor;

2 – Prática de maus-tratos contra animal silvestre (preguiça real);

3 – Uso de espécimes da fauna silvestre sem a devida permissão de autoridade competente (capivara e papagaio);

4 – Exploração da imagem de animal silvestre mantido em situação de abuso (capivara) e irregularmente em cativeiro.

Ao autuar o jovem por práticas proibidas na legislação ambiental, o Ibama cumpre o papel de resguardar a fauna silvestre brasileira. A divulgação de imagens do uso de animais selvagens como animais domésticos estimula a vontade de as pessoas retirarem esses animais do seu habitat natural e, principalmente, incentiva o tráfico de animais silvestres.

Diante da situação, internautas saíram em defesa do jovem por acreditarem, com base no senso comum, que os animais estariam sendo bem tratados. No entanto, a introdução de hábitos típicos de ambiente doméstico em espécies silvestres inviabiliza capacidade de sobrevivência na natureza.

O Ibama defende, por determinação legal, que animais silvestres sejam mantidos em vida livre, onde prestam serviços ambientais de importância incalculável para a manutenção de um meio ambiente equilibrado.

É bom esclarecer que o jovem foi multado pela morte da preguiça-real que estava em sua posse, fato vastamente divulgado nas redes sociais. Outra notificação do Ibama ao jovem foi o uso de imagens de animais silvestres com monetização pelas redes.

O Ibama não retirou até o momento nenhum animal que está em posse de Agenor Tupinambá. O Ibama irá, primeiramente, realizar uma diligência para averiguar o estado de saúde e condições dos animais. A partir de laudos técnicos dos fiscais, o Ibama tomará as medidas legais cabíveis.

Também é importante deixar claro que por mais que as pessoas acreditem estar tratando bem um animal silvestre, mesmo que ele tenha sido resgatado, está indo de encontro a natureza do animal, que é de conviver com os seus em liberdade.

No caso de resgate de animais silvestres encontrados na natureza machucados ou filhotes, é necessário comunicar a posse para as instituições competentes e, assim, definir com base na lei o destino do animal silvestre.”

Você não pode copiar conteúdo desta página